Câmara aprova urgência para projeto que trata da revisão de incentivos fiscais
Câmara aprova urgência para revisão de incentivos fiscais em meio a discussões sobre ajustes na política tributária. Propostas de diferentes deputados buscam aumentar a transparência e efetividade das isenções fiscais no país.
Câmara aprova urgência para revisão de incentivos fiscais
Após a derrubada do decreto do IOF, a Câmara dos Deputados aprovou, neste dia 2, um requerimento de urgência para o projeto de lei complementar 41/2019, que revisa incentivos fiscais.
O pedido, assinado pelo líder do PP, Doutor Luizinho (RJ), reflete o esforço dos líderes em buscar ajustes fiscais e soluções para as falhas da política fiscal do governo.
O projeto, elaborado pelo senador Espiridião Amin (PP-SC), estabelece critérios, objetivos e metas para a concessão e avaliação de benefícios tributários. As propostas legislativas devem:
- Ter duração máxima de 5 anos, renováveis;
- Incluir metas de desempenho econômicas, sociais e ambientais;
- Apresentar estimativa de impacto sobre desigualdades regionais;
- Determinar monitoramento e avaliação periódica.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo lançará um projeto próprio de revisão de incentivos fiscais após o recesso parlamentar, com expectativa de arrecadar R$ 20 bilhões em 2026.
A votação do requerimento foi adiada após o deputado Mauro Benevides (PDT-CE) solicitar prioridade para seu projeto PLP 128/2025, que prevê cortes efetivos nos benefícios fiscais.
A nova Subcomissão Especial das Isenções Fiscais, vinculada à Comissão de Finanças e Tributação, foi instalada para dar mais transparência e analisar a eficácia das isenções fiscais. O presidente da CFT, Rogério Correia (PT-MG), destacou a necessidade de prestar contas sobre os benefícios fiscais que totalizam quase R$ 800 bilhões anuais.
A subcomissão será presidida pelo deputado Ricardo Abrão (UNIÃO-RJ), com a participação de vários outros deputados, incluindo Mauro Benevides.