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Câmara da Argentina autoriza governo a negociar novo acordo com FMI

Aprovado por decreto, novo acordo com o FMI visa estabilizar a economia da Argentina, enquanto protestos contuam contra as políticas de Javier Milei. O governo enfrenta oposição e crescente descontentamento popular em meio a um ajuste previdenciário.

A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou, em 19 de março de 2025, um decreto que permite ao governo fechar um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para obter novos fundos.

O decreto foi aprovado com 129 votos a favor, 108 votos contra e 6 abstenções.

Esse acordo visa trazer tranquilidade aos mercados e permitir que a Argentina, que deve US$44 bilhões à organização, avance na liberação de seu mercado de capitais. Detalhes do novo acordo ainda são desconhecidos.

Devido à minoria absoluta no Congresso, o governo desafiou a lei argentina ao aprovar o acordo por decreto. Com a ratificação na Câmara, não há necessidade de debate no Senado.

O deputado Miguel Pichetto, da oposição peronista moderada, mencionou: “Tenho uma visão crítica do decreto... mas precisamos pensar sobre a Argentina.”

Protestos de milhares de ativistas ocorreram em Buenos Aires contra o ajuste previdenciário implementado pelo presidente Javier Milei desde o final de 2023.

Na semana anterior, uma marcha resultou em ferimentos graves e prisões de manifestantes após confrontos com a polícia.

O mercado acionário de Buenos Aires fechou com um ganho de 4,52% no índice S&P Merval, e a dívida soberana subiu 0,4% em média, com o risco-país caindo 19 unidades, para 772 pontos-base.

Por Nicolás Misculin e Jorge Otaola.

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