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Câmara de Belém, sede da COP30, declara Trump persona non grata

Câmara de Belém expressa descontentamento com tarifas dos EUA, que prejudicam a economia local. O gesto simbólico ocorre antes da COP30, enquanto o presidente Lula busca diálogo com Trump sobre questões climáticas.

Câmara Municipal de Belém aprovou, na quarta-feira (6), o título simbólico de persona non grata ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A proposta, feita pelo vereador Alfredo Costa (PT), ganhou apoio após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que impacta a economia do Pará, que sediará a COP30 em novembro.

A moção de repúdio reflete a crise diplomática entre os países. Costa afirmou que a decisão busca responder às consequências sociais e econômicas do tarifaço, prejudicando desde grandes exportadores até pequenos produtores, como os vendedores de açaí.

“O tarifaço atende aos interesses econômicos norte-americanos, mas atinge diretamente o povo brasileiro”, ressaltou o vereador durante a sessão.

O gesto acontece um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressar sua intenção de convidar Trump para a COP30, em meio ao conflito comercial, visando abrir um diálogo sobre a agenda climática.

Embora haja o convite, a moção aumenta a pressão sobre a diplomacia relacionada à conferência. Esta é uma ferramenta institucional para demonstrar resistência à presença de uma figura estrangeira, ainda que sem efeitos jurídicos.

Em resposta, o deputado estadual Rogério Barra (PL-PA) solicitou à Embaixada dos EUA que suspenda os vistos de entrada dos 12 parlamentares que aprovaram a moção. Barra criticou o uso da Câmara de Belém para gerar um incidente diplomático em um momento de tensões internacionais.

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