Câmara decide futuro do decreto do IOF nesta quarta: entenda o que está em jogo
Câmara dos Deputados analisa projeto que pode revogar o recente decreto do governo sobre o IOF. Setores econômicos e do Congresso pressionam contra o aumento da tributação e buscam estabilidade nas regras.
Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (25) o projeto de decreto legislativo (PLD) que pode revogar o último decreto do governo que alterou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A medida, publicada em 11 de junho, é a terceira tentativa do governo Lula de reajustar o tributo, após críticas de setores econômicos e do Congresso.
Se aprovada, a proposta derruba as regras atuais, impactando operações de crédito, câmbio, previdência privada e antecipação de pagamentos a fornecedores.
Histórico:
- Primeiro decreto em 22 de maio, elevava o IOF para operações de crédito entre empresas e câmbio.
- Governo desistiu da tributação sobre remessas para fundos no exterior.
- Nova versão em 11 de junho recalibrava aumentos e incluía MP complementar.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita na interlocução com o Congresso. Porém, o presidente da Câmara, Hugo Motta, indicou que o clima não é favorável para aumentos de impostos.
A votação da urgência já foi aprovada, permitindo análise direta do mérito no plenário.
Desde 1989, de 2.647 PLDs, apenas 22 foram aprovados, menos de 1% do total.
Pontos principais do decreto de 11 de junho em vigor:
- Crédito para empresas.
- Crédito para o Simples Nacional (até R$ 30 mil).
- Risco sacado (antecipação a fornecedores).
- Cartões internacionais e câmbio pessoal.
- Compra de moeda em espécie e remessas pessoais.
- Remessa para investimentos no exterior por pessoa física.
- Previdência privada (VGBL).
Se o PLD for aprovado, o governo perde o ajuste atual e retorna ao primeiro aumento proposto em maio. A Medida Provisória sobre o Imposto de Renda também pode ser impactada.