Câmara derruba decreto do aumento do IOF e votação vai para o Senado; veja o que muda
Câmara dos Deputados aprova a derrubada do aumento do IOF, enviando a decisão ao Senado. Especialistas alertam sobre incertezas econômicas e a necessidade de uma reforma tributária ampla.
Câmara dos Deputados derrubou, por 383 votos a 98, decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação segue para o Senado, onde a revogação das mudanças do governo de maio pode ser confirmada.
O IOF incide sobre transações como:
- Empréstimos - quando o dinheiro é liberado;
- Compra e venda de moedas estrangeiras - na entrega;
- Seguros - no pagamento do prêmio;
- Investimentos com ações - durante emissão ou resgate;
- Ouro - na primeira compra como ativo financeiro.
O tributo é retido automaticamente por instituições financeiras e pode ser consultado em extratos e relatórios.
Com a revogação do decreto, as alíquotas voltam a ser as anteriores. Mudanças já tinham sido feitas anteriormente pelo governo para evitar o aumento do imposto.
Marisa Rossignoli, do Corecon-SP, observa que a medida envia um recado ao mercado financeiro, que não aceita aumentos repentinos que prejudiquem investidores, e acentua incertezas fiscais.
Ralf Germer, da PagBrasil, considera a decisão da Câmara positiva. Ele enfatiza que aumentos tributários repentinos afetam negativamente as empresas e a economia.
Germer defende uma reforma tributária ampla em vez de aumentos pontuais, que comprometam a previsibilidade e a credibilidade do Brasil no comércio global.