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Câmara discute punições a deputados bolsonaristas

Bolsonaristas tentam impor pautas no legislativo com ocupações e protestos, mas presidentes da Câmara e do Senado resistem. Punições e desconfianças marcam a retomada das votações após a desocupação dos plenários.

Retorno do Legislativo marcado por tumultos bolsonaristas

A primeira semana do legislativo, após o recesso, foi dominada por bolsonaristas que tentaram impor suas pautas: anistia irrestrita, fim do foro privilegiado e impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Os manifestantes ocuparam os Plenários da Câmara e do Senado, impedindo votações. A deputada Julia Zannata (PL-SC) foi criticada por usar sua filha bebê como “escudo” em meio às tensões.

Após dois dias de ocupação, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reassumiu a presidência e anunciou punições para os infratores, como afastamentos de até 6 meses. A desocupação da Câmara ocorreu à noite, permitindo a votação de projetos.

Nos bastidores, rumores indicam que Motta teve apoio do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o que gerou desconfianças quanto a possíveis acordos sobre a anistia.

Motta reúne a cúpula da Câmara para discutir as suspensões. Nomes como Marcel van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC) são os mais propensos a punições.

O líder da maioria na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirma que as pautas da oposição não devem ser votadas no momento e critica a falta de respeito da oposição pelo Congresso.

O líder do PDT, Mario Heringer (MG), acredita que a situação não está resolvida e que a oposição pode retornar às suas ações em breve, mencionando que a anistia proposta não terá chance de aprovação.

No Senado, a desocupação foi mais tranquila. O senador Alessando Vieira (MDB-ES) apontou que não houve compromissos para a saída dos senadores de oposição e descartou a possibilidade de impeachment de Moraes enquanto Davi Alcolumbre for presidente do Senado.

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