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Câmara pede suspensão de Gilvan da Federal por 6 meses após ataque a Gleisi Hoffmann

Câmara dos Deputados busca suspender mandato de Gilvan da Federal após ofensas a Gleisi Hoffmann. Representação destaca a necessidade de preservar o decoro parlamentar e o respeito nas discussões legislativas.

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados protocolou uma representação contra o deputado Gilvan da Federal (PL-ES), solicitando a suspensão de seu mandato por seis meses. O pedido é baseado em declarações ofensivas feitas em relação à ministra Gleisi Hoffmann (PT).

Esta é a primeira vez que a direção da Casa utiliza uma prerrogativa do ex-presidente Arthur Lira (PP-AL) para acelerar punições por quebra de decoro parlamentar.

Gilvan proferiu “insinuações abertamente ultrajantes” durante a Comissão de Segurança Pública, associando a ministra a um apelido contido em planilhas da Odebrecht e usando linguagem depreciativa.

Além disso, ele já havia defendido a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que gerou repúdio, mas não resultou em sanções até o momento.

A Mesa Diretora argumenta que as falas do deputado ferem o decoro parlamentar e constituem abuso das prerrogativas do cargo. O documento afirma que “as declarações excederam o direito à liberdade de expressão” e ofendem a dignidade da Casa e de suas autoridades.

Agora, o caso será analisado pelo Conselho de Ética, que tem até três dias úteis para se manifestar. Se não houver parecer, a representação irá ao plenário da Câmara para votação.

Se aprovada, a punição suspenderá o mandato de Gilvan da Federal por 180 dias, proibindo-o de participar de atividades parlamentares.

A medida reflete uma tentativa da atual gestão da Câmara de impor limites ao discurso ofensivo e à degradação do debate público, além de reacender a discussão sobre a imunidade parlamentar e o papel do Conselho de Ética.

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