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Câmbio reduz pressão de preços menores e tarifaço

Exportadores brasileiros enfrentam pressões devido ao tarifaço de Trump e à queda nos preços de commodities, mas a desvalorização do dólar em relação ao real oferece uma leve mitigação. Setores como celulose e aço estão entre os mais impactados, exigindo adaptações rápidas nas estratégias de negócios.

Queda de preços de commodities e tarifas de Donald Trump preocupam exportadores brasileiros.

A combinação do tarifaço e da desvalorização do dólar – queda de 11,36% este ano – impacta negativamente o faturamento. Produtos como minério de ferro, aço, alumínio e celulose enfrentam preços menores, afetando as exportações.

Trump anunciou tarifas que começaram em 10% e subiram para 50% em julho para alguns produtos. Inicialmente, o Brasil foi beneficiado por ser um dos menos afetados pelo tarifaço.

Com a desorganização do comércio, os preços da celulose caíram de US$ 590 para US$ 500 na China, uma redução de 16%.

Empresas como Suzano buscam reduzir custos e aumentar eficiência, cortando a produção em 3,5% por 12 meses. A Embraer é mais exposta ao mercado americano, enquanto a CSN enfrenta desafios com importações de aço.

O impacto da variação cambial na CBA é mitigado pela receita quase toda dolarizada e custos em reais. Para a WEG, a volatilidade do dólar é preocupante, mas a presença em 18 países ajuda a minimizar o impacto.

Analistas como Pedro Galdi da AGF alertam que o fluxo comercial mudará com o tarifaço. Empresas com ligações nos EUA, como a Gerdau, podem se beneficiar.

A valorização do real gera ganhos sobre dívidas em moeda estrangeira, visto nas últimas temporadas de resultados da Suzano e Petrobras. No entanto, o impacto do dólar mais baixo no endividamento é imediato, mas fraco na geração de caixa.

Os efeitos cambiais devem se enfraquecer até o fim do ano, com previsões indicando que o dólar deve encerrar 2025 a R$ 5,60.

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