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Caminhão a gás reduz emissões, mas tem gargalos para abastecer

Proposta busca estabelecer requisitos de uso do gás natural no transporte rodoviário, visando reduzir custos e poluição. Em meio a desafios de infraestrutura, montadoras como Scania e Iveco promovem modelos mais sustentáveis e econômicos.

Caminhões movidos a gás natural têm se tornado foco de uma proposta de emenda à Medida Provisória 1.304, visando obrigar o uso de 20% do gás extraído do pré-sal no transporte de carga rodoviária.

A iniciativa busca ampliar a frota de caminhões a GNL (Gás Natural Liquefeito), que são menos custosos e poluentes do que os movidos a diesel. Atualmente, cerca de 1.500 caminhões a gás operam no Brasil, de uma frota total de 2,24 milhões.

O custo do transporte com caminhões a gás é 30% menor que o diesel e as emissões de CO₂ caem 20%, conforme a Abegás. A emenda estipula que o gás da PPSA (Pré-Sal Petróleo S/A) venha com percentuais obrigatórios para cada setor, garantindo competitividade.

A MP 1.304 também busca atualizar a regulamentação do mercado de gás natural após a derrubada de vetos à Lei das Eólicas Offshore.

Embora haja vantagens, a falta de infraestrutura e acesso ao gás é um desafio. Caminhões a GNV (Gás Natural Veicular, comprimido) são competitivos para curtas distâncias, enquanto o GNL, ideal para longas distâncias, carece de postos de abastecimento licenciados.

Para abrir um posto de GNV ou GNL, é necessário obter autorização da ANP e seguir normas técnicas e licenciamento ambiental junto ao Ibama.

O modelo atual de contratos entre transportadoras é predominantemente B2B. A Eneva acredita que isso impulsionará o mercado até que contratos B2C se tornem viáveis.

Caminhões a gás utilizam o ciclo Otto, proporcionando operação silenciosa e menor emissão de poluentes. O gás natural, se armazenado como GNV ou GNL, é uma solução de transição, reduzindo a dependência do diesel e preparando o caminho para combustíveis sustentáveis.

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