Campanha em Portugal se aproxima do fim com mal súbito de candidato e premiê de novo em alta
André Ventura, líder do Chega, sofreu um mal súbito durante comício, mas se recupera e retoma a campanha. Em meio aos desafios, o primeiro-ministro Luís Montenegro se destaca como favorito nas eleições.
Comício do Chega em Tavira, Portugal, foi marcado por gritos de apoio à sigla de ultradireita e um mal súbito do líder André Ventura, 42 anos, que desmaiou durante o discurso. Ele foi hospitalizado em Faro e diagnosticado com refluxo esofágico.
Na manhã seguinte, Ventura postou uma foto nas redes sociais, agradecendo o apoio e afirmando que logo voltaria à campanha.
O primeiro-ministro Luís Montenegro, acusado de conflito de interesses devido à sua empresa Spinumviva, visitou sua base eleitoral em Espinho, onde se mostrou irritado com perguntas sobre seu negócio.
Pesquisas mostram Montenegro à frente, com 34%, 8 pontos à frente do candidato do PS, Pedro Nuno Santos, e 18 à frente do Chega. A coligação da direita, Aliança Democrática, tem uma projeção de vitória de 85% nas simulações.
Temas como custo da moradia e falta de médicos são a prioridade entre os eleitores. A imigração também ganhou destaque devido a planos de deportação anunciados pelo governo, afetando especialmente cidadãos de países como Índia e Nepal.
Montenegro é criticado por levantar o tema da imigração para conquistar o eleitorado do Chega. Pesquisas indicam que a direita terá mais votos, mas poderá enfrentar dificuldades para uma maioria absoluta.
Embora Montenegro negue qualquer aliança futura com Ventura, as dinâmicas entre as duas siglas permanecem tensas. Ventura enfatiza seu papel opositor ao establishment, enquanto Montenegro luta para manter distancia do Chega, sugerindo que será um governo minoritário mesmo em caso de vitória.