Canadá, Reino Unido e EUA lideram ranking de trabalho remoto, na contramão do retorno ao presencial

Reação ao trabalho remoto: Após uma fase inicial de aceitação no pós-pandemia, líderes como Jamie Dimon, do JP Morgan Chase, começaram a exigir o retorno dos funcionários aos escritórios.

Apesar disso, dados mostram que o trabalho remoto persiste. Uma pesquisa da Universidade Stanford revela que trabalhadores estão em casa, em média, 1,3 dias por semana, valor similar ao de 2023.

Os canais que mais adotam o trabalho remoto são os países anglófonos: canadenses (1,9 dias), britânicos (1,8) e americanos (1,6). Em contraste, franceses e dinamarqueses passam cerca de um dia, enquanto sul-coreanos apenas meio dia.

Fatores explicativos: O tipo de indústria, a experiência com a pandemia e a riqueza influenciam, mas a cultura e o nível de individualismo se destacam. Sociedades mais individualistas tendem a ter maior aceitação do trabalho remoto.

Desvantagens: As preocupações incluem a produtividade e o impacto sobre funcionários juniores, que têm menos oportunidades de aprender com colegas.

Benefícios do trabalho remoto: A flexibilidade aumenta a satisfação, especialmente para mães. O setor imobiliário também se beneficia, com menos pressão nos preços no centro das cidades, que subiram apenas 13% desde 2019, em comparação com 30% a 50% nos subúrbios.

Além disso, a redução do espaço de escritório pode levar a conversões para habitação, embora a adequação seja complexa. A rotina diária se torna mais flexível e as empresas estão experimentando um crescimento de produtividade mesmo com o trabalho remoto.

No entanto, um impacto social negativo é evidente. Menos socialização e uma maior solidão são relatadas, com o americano médio passando meia hora a mais sozinho em comparação ao período pré-pandemia.

Em resumo, o trabalho remoto se estabeleceu como uma prática econômica eficiente, mas também trouxe desafios sociais significativos.