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Canoa furada

Os recentes movimentos partidários sinalizam uma nova configuração no Congresso, com a formação de grandes blocos e o fortalecimento da autonomia financeira dos congressistas. Em meio a esse cenário, a estratégia de Lula para recuperar sua popularidade se torna cada vez mais desafiadora.

Na última entrevista, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), indicou que ninguém embarca em navio que vai naufragar, ao responder sobre a possibilidade de se tornar ministro de Lula.

Passados 3 meses, a federação entre PP e União Brasil se forma com a promessa de devolução dos ministérios. O PP possui os ministérios do Esporte e a Caixa, enquanto a União Brasil indica os do Turismo e Comunicações.

A recusa de Pedro Lucas (União Brasil-MA) ao Ministério das Comunicações ilustra a preocupação com a **instabilidade política**.

A recém-formada federação é comandada por uma nova geração de políticos como Davi Alcolumbre, Ciro Nogueira, e ACM Neto.

O cenário político é inusitado: Lula, prestes a completar 80 anos, enfrenta baixa popularidade, enquanto Bolsonaro, com 70 anos, lida com problemas de saúde complexos.

Movimentos políticos incluem fusões como a do PSDB com o Podemos e negociações entre o MDB e o PSD, formando 3 grandes blocos no Congresso.

Os deputados agora têm autonomia financeira por R$ 60 bilhões em emendas, resultado da proibição do financiamento privado. Isso diminui a pressão do governo.

O ministro Flávio Dino tenta reverter essa perda de controle sobre emendas, mas a tarefa é difícil. A união de forças também busca criar resistência ao Judiciário.

A mudança de comando no STF em setembro e a futura presidência de Alexandre de Moraes são aspectos significativos a serem observados.

Para Lula, a solução pode ser nomear pessoas da esquerda para os ministérios, enquanto o PT se prepara para a disputa interna pelo comando em julho. O candidato forte é Edinho Silva.

Visando as eleições de 2026, Lula deve focar em gastar recursos para tentar reverter sua baixa popularidade, pois o cenário econômico demonstra potencial para tensões.

O futuro político do Brasil permanece incerto: mudanças estão em curso e, conforme Arthur Lira observou, pode acabar em naufrágio.

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