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Caos comercial é plano de Trump e pesadelo para Powell, do Fed

A guerra comercial dos Estados Unidos gera incerteza tanto para varejistas como para o Federal Reserve, dificultando previsões econômicas. Especialistas alertam que a opacidade nas tarifas pode impactar decisões de juros e crescimento no país.

Jim Tuchler, um varejista de Chicago, enfrenta incertezas devido às tarifas comerciais. Ele descreve sua situação como um “jogo de quem desiste primeiro” ao tentar prever custos de importação, como no recente pedido de US$ 80.000 em meias da China.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, enfrenta um problema semelhante. Se as empresas têm dificuldade em estimar custos, como o Fed pode projetar a economia? Tarifas mais altas podem aumentar a inflação, afetando produção e investimento, complicando as decisões sobre taxas de juros.

A abordagem de Donald Trump e do secretário do Tesouro, Scott Bessent, tem sido caracterizada como “incerteza estratégica”, dificultando previsões para negócios e bancos centrais. O Fed deve manter as taxas de juros inalteradas em sua próxima reunião, mas há pressão para flexibilizar a política monetária.

Michael Hanson, do J.P. Morgan Research, prevê um corte de juros em setembro, mas destaca a opacidade da situação devido à guerra comercial. A análise de diferentes cenários é crucial nesse contexto, segundo Seth Carpenter, do Morgan Stanley.

O Banco do Canadá já adotou previsões alternativas, e a United Airlines divulgou duas perspectivas de lucro: uma otimista e outra pessimista, refletindo as incertezas geradas pela guerra comercial.

A abordagem de Trump contrasta com a tendência histórica de criar ordem no comércio internacional, como destacado por Alan Wm. Wolff, ex-diretor adjunto da OMC, onde a previsibilidade sempre foi fundamental.

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