Cardeais devem ficar incomunicáveis para conclave por volta de meio-dia de quarta
Os cardeais iniciam hoje o conclave para a escolha do novo papa, seguindo tradições e rituais internos. A votação começará após uma série de cerimônias, com os eleitores isolados e sem acesso a meios de comunicação.
Início do Conclave: Os cardeais eleitores começam o conclave nesta quarta (7), com missa às 5h (horário de Brasília) na Basílica de São Pedro.
A cerimônia ‘Pro Eligendo Romano Pontifice’ buscará a orientação do Espírito Santo na escolha do novo papa, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, 91 anos.
Às 11h30, os 133 cardeais irão à Capela Paulina para rezar a Ladainha de Todos os Santos, seguido de uma procissão até a Capela Sistina, onde todos farão um juramento de sigilo sobre a eleição e resistirão a influências externas.
Por volta do meio-dia, o arcebispo Diego Giovanni Ravelli proclamará o 'extra omnes', trancando a Capela Sistina e isolando os eleitores até a escolha do novo papa.
Os cardeais não terão acesso a internet ou celulares. O cardeal Raniero Cantalamessa fará uma meditação antes do início da votação.
Se houver tempo, a primeira votação acontecerá na noite da quarta. Haverá quatro votações diárias: duas pela manhã e duas à tarde, com cédulas queimadas após cada rodada. A fumaça indicará o resultado – branca para um novo papa, preta se não houver escolha.
Os sinais de fumaça são emitidos às 5h30, 7h, 12h30 e 14h. Se não houver resultado até sábado (10), o processo pode ser interrompido no domingo (11) para oração. A votação pode durar até dez dias, com pausas específicas para discursos de cardeais.
A partir do dia 22, somente os dois candidatos mais votados concorrem. O vencedor precisa de dois terços dos votos. No conclave anterior que elegeu Francisco, a fumaça branca saiu na quinta rodada, no segundo dia de isolamento.