Cardeal responsável por 'Habemus Papam' dedicou carreira religiosa à diplomacia do Vaticano

Fiéis de todo o mundo aguardam na praça São Pedro, no Vaticano, pela aparição de Dominique Mamberti, 73 anos, que anunciará o novo líder católico com a frase "Habemus Papam".

Mamberti, protodiácono do Colégio Cardinalício e cardeal mais longevo na Ordem dos Diáconos, assumiu o posto em julho de 2024. Caso ele seja o novo papa, a responsabilidade de anunciar a notícia ficará com o cardeal-diácono Mario Zenari.

Nascido em Marrakech, Marrocos, Mamberti cresceu na França. Estudou direito e ciências políticas antes de entrar no Pontifício Seminário Francês em Roma e ser ordenado sacerdote em 1981.

Em 1986, entrou no serviço diplomático da Santa Sé, atuando em países como Argélia, Chile, Líbano e na ONU. De 1999 a 2002, trabalhou na Seção para as Relações com os Estados, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores.

Foi consagrado bispo e núncio apostólico no Sudão, e posteriormente nomeado secretário na chancelaria do Vaticano pelo Papa Bento 16 em 2006, cargo do qual saiu em 2015 quando foi feito cardeal por Papa Francisco.

Especialista em direito canônico, Mamberti é defensor da doutrina moral católica. Em 2013, criticou o Tribunal Europeu de Direitos Humanos por negar objeção de consciência a profissionais que se negaram a atender homossexuais, ressaltando a importância do respeito à liberdade de consciência.