Carga tributária representa 79% do custo de sistemas de baterias no Brasil
O Brasil caminha para 1 GWh de capacidade em armazenamento de energia com baterias até 2025, impulsionado por maior confiabilidade e redução de custos. Apesar do crescimento, a elevada carga tributária ainda é um desafio, representando 79% do custo total de adesão.
Brasil caminha para 1 GWh de capacidade instalada em sistemas de armazenamento de energia com baterias (BESS) até 2025, com 70% desse total em sistemas isolados.
A carga tributária elevada no Brasil ainda representa 79% do custo total de adesão aos sistemas, sendo o ICMS responsável por 36% desse montante, segundo a Greener.
O CEO da consultoria, Marcio Takata, destacou que a expansão é impulsionada pela busca por confiabilidade, redução de perdas e diminuição de custos com energia. Ele prevê evolução significativa nas aplicações residenciais.
A capacidade instalada de BESS no Brasil é atualmente de 685 MWh, com apenas 10% usados em projetos de geração centralizada e 7,5% em aplicações comerciais e industriais.
Em 2024, foram agregados 269 MWh ao sistema nacional, um crescimento de 29% em relação ao ano anterior. No mundo, já são 200 GW de capacidade instalada de BESS.
A expectativa é de queda nos preços, especialmente com o aumento da adoção residencial. Takata observa que 70% do preço de uma solução de armazenamento é proveniente da bateria.
De acordo com a Greener, a demanda por componentes de BESS cresceu 89% em 2024. A consultoria prevê que o mercado de armazenamento de energia movimente mais de R$ 22,5 bilhões até 2030.
Internacionalmente, o mercado de BESS deve ultrapassar 760 GW até 2030, com China e EUA em destaque. A América Latina ainda enfrenta desafios regulatórios e altos custos, limitando a expansão.
Takata enfatiza que o armazenamento de energia é crucial para a transição energética no Brasil, promovendo a integração de fontes renováveis e estabilidade na matriz elétrica.