Carla Zambelli já admite ser presa e deportada, mas invoca Pizzolato do Mensalão
Deputada destaca sua inocência em dossiê elaborado enquanto vive na Itália, após prisão decretada por Alexandre de Moraes. Documentação busca impedir extradição ao Brasil, ressaltando riscos às condições carcerárias no país.
Carla Zambelli, deputada licenciada, vive na Itália após prisão decretada por Alexandre de Moraes e inclusão na lista da Interpol. Ela divulgou um dossiê de defesa onde afirma ser inocente das acusações de invasão aos sistemas de Justiça.
No documento, que contém 10 capítulos, Zambelli busca sensibilizar o governo italiano e faz um paralelo com o caso de Henrique Pizzolato, condenado no Mensalão e extraditado da Itália.
Zambelli, que enfrenta uma pena de 10 anos por suposto hackeamento do CNJ, pede que seus direitos humanos sejam respeitados em caso de extradição. Seu advogado, Fábio Pagnozzi, cita a Constituição italiana, o Código Penal e tratados internacionais sobre direitos humanos para sustentar sua defesa.
O dossiê alerta sobre as condições carcerárias no Brasil, descritas como 'crise humanitária', e destaca a necessidade de garantias de tratamento digno, seguindo normas como as Regras de Mandela.
Zambelli também critica o julgamento, afirmando que foi condenada com base em um réu confesso sem credibilidade. Ela se declara inocente e acusa o sistema judicial de persegui-la por sua oposição política.
A defesa busca argumentos sólidos para evitar a extradição, destacando a necessidade de monitoramento internacional nas condições de encarceramento, se tal medida for implementada.