Carlos Lupi já havia pedido demissão no governo Dilma por escândalo de favorecimento de ONGs
Carlos Lupi deixa o governo Lula após pressão das investigações sobre irregularidades na Previdência. Ex-ministro já enfrentou polêmicas em gestões anteriores e sua saída marca uma nova crise dentro da gestão petista.
Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência, foi demitido após Operação Sem Desconto da Polícia Federal, que investiga descontos irregulares na aposentadoria.
Ele integrava o governo desde o início do terceiro mandato de Lula e já havia sido ministro do Trabalho entre 2007 e 2011, quando saiu em uma “faxina” no governo Dilma Rousseff.
Lupi foi alvo de denúncias de convênios irregulares, mas negou as acusações. Sua saída do governo se tornou insustentável após o envolvimento de Alessandro Stefanutto, indicado por ele para o INSS, que pediu demissão.
Seu antecessor, Glauco Wamburg, também foi demitido por suspeitas de irregularidades. Apesar de Lupi não ser mencionado nas investigações, sua permanência no cargo foi considerada insustentável.
Lupi liderou o PDT após a morte de Leonel Brizola e foi crítico à Reforma da Previdência no governo Jair Bolsonaro. Na política, foi deputado federal de 1991 a 1995 e tentou vaga ao Senado em 2014, mas obteve apenas 3% dos votos.
No primeiro turno da eleição presidencial de 2022, o PDT lançou Ciro Gomes, que ficou em quarto lugar. Lupi rejeitou um movimento dentro do partido que apoiasse Lula, mas acabou firmando aliança com o PT no segundo turno.