Carlos Lupi pediu demissão em 2011 após denúncias de favorecimento a ONGs
Carlos Lupi deixa o ministério da Previdência após crise envolvendo descontos ilegais em benefícios do INSS. Sua saída marca mais um episódio polêmico na carreira de um político com longa trajetória, incluindo passagens por governos anteriores e denúncias de corrupção.
Carlos Lupi pediu demissão do Ministério da Previdência nesta sexta-feira (2), em meio à crise dos descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS.
Lupi, um político experiente e presidente do PDT, ocupava a pasta desde janeiro de 2023, no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele fez críticas à reforma da Previdência de Jair Bolsonaro e propôs uma "anti-reforma". No entanto, foi desautorizado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
A escolha de Alessandro Stefanutto para chefiar o INSS não era o desejo inicial do PDT, que preferia uma pasta mais visível. Stefanutto foi afastado em abril devido à investigação sobre os descontos ilegais.
A demissão de Lupi não é inédita; em 2011, ele deixou o governo de Dilma Rousseff após denúncias de corrupção ligadas a ONGs.
Além disso, Lupi enfrentou problemas na Operação Lava Jato, sendo acusado de receber recursos ilegais para sua campanha ao Senado.
Apesar das dificuldades, ele tentava formar uma federação com outros partidos, como PSB e Solidariedade, mas enfrentava resistência.