Cármen Lúcia cria novo grupo de combate à desinformação eleitoral no TSE
TSE cria grupo para combater desinformação eleitoral com foco em pleito de 2026. Especialistas, juízes e procuradores compõem a equipe que buscará aprimorar estratégias contra o uso de inteligência artificial em campanhas.
Ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criou um grupo de trabalho para combater a desinformação eleitoral visando as eleições de 2026.
O colegiado é composto por nove integrantes e foi oficializado por portaria publicada em 30 de outubro. A principal preocupação é o uso de inteligência artificial, especialmente vídeos hiper-realistas que podem confundir os eleitores.
O objetivo do núcleo é debater e propor diagnósticos, pesquisas e campanhas para aperfeiçoar o combate à desinformação. Os resultados poderão ser compartilhados com o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde), criado em 2024.
O grupo é multidisciplinar e inclui juízes, procuradores e acadêmicos. A advogada Estela Aranha foi nomeada como secretária. Os outros integrantes incluem professores e o vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa. Um juiz auxiliar ainda será designado.
O grupo poderá convidar colaboradores externos e formar subgrupos para temas específicos. Todos os participantes serão não remunerados, mas despesas de deslocamento serão pagas pelo TSE.
O TSE já realiza outras ações contra a desinformação, incluindo a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) e o Ciedde, que coleta denúncias sobre desinformação e deepfakes. Indícios de crime serão encaminhados ao Ministério Público e à Polícia Federal.