Cármen Lúcia defende impedir que 213 mi tiranos sejam soberanos na internet
Ministra Cármen Lúcia defende ampliação da responsabilização das big techs por conteúdos prejudiciais na internet. STF decide que ordem judicial não será mais necessária para a remoção de publicações relacionadas a crimes e atos ilícitos.
A ministra do STF, Cármen Lúcia, destacou a necessidade de impedir que os "213 milhões de pequenos tiranos soberanos" dominem os espaços digitais no Brasil durante o julgamento do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Ela defendeu a ampliação da responsabilização das big techs por conteúdos de usuários, mesmo sem ordem judicial. Segundo ela, a democracia permite críticas, mas não tolera discursos de ódio ou violência.
Cármen Lúcia votou para derrubar a necessidade de ordem judicial para remoção de conteúdos ilícitos, acompanhando a corrente majoritária do STF. Os ministros que discordaram se posicionaram a favor da liberdade de expressão.
A ministra ressaltou o equilíbrio entre liberdade de expressão e seus limites, afirmando que não defende censura, mas a necessidade de seguir regras para uma convivência pacífica.
Em 2022, Cármen também se pronunciou a favor de restrições a conteúdos antes da publicação, em um caso envolvendo a desmonetização de canais pro-Bolsonaro, afirmando que isso seria uma medida excepcional para a segurança do processo eleitoral.
Recentemente, o STF chegou a um consenso sobre critérios de responsabilização das redes sociais, mudando a regra do artigo 19. Agora, a notificação privada será suficiente para excluir publicações, ampliando o campo de atuação das plataformas. Isso deverá impactar casos futuros de maneira geral.
Leia a íntegra da tese e acompanhe os detalhes do julgamento.