Cármen Lúcia exalta liberdade e cobra 'eterna vigilância' por democracia
Ministra Cármen Lúcia destaca a importância da democracia e os desafios que ainda persistem, especialmente para as mulheres. O evento em Brasília celebra 40 anos da redemocratização no Brasil, ressaltando o legado do ex-presidente José Sarney.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que a única opção para viver com liberdade é a democracia. A declaração foi feita durante o evento “Democracia 40 anos, conquistas, dívidas e desafios” em Brasília.
Hoje, comemoram-se 40 anos da redemocratização no Brasil, após 21 anos de ditadura militar, marcada pela posse do ex-presidente José Sarney.
Cármen Lúcia destacou que a data de 15 de março de 1985 simbolizou a possibilidade de realização de um país democrático. Ela ainda afirmou que Sarney permitiu ao Brasil “refazer suas instituições” e reinventar valores sociais.
A ministra também ressaltou que a democracia ainda está em construção e que as mulheres brasileiras enfrentam grandes desafios em relação a direitos. “Uma mulher é morta no Brasil a cada 6 horas”, observou Cármen, enfatizando a cultura permissiva de violência contra as mulheres.
José Sarney, com 94 anos, destacou a importância das instituições democráticas e afirmou que "o preço da liberdade é a eterna vigilância". Ele enfatizou a necessidade de continuar na democracia e exigir a profundidade do processo democrático.
O ministro do STF, Gilmar Mendes, elogiou Sarney por seu papel na transição democrática, ressaltando que o grande legado de seu governo é a Constituição de 88, que continua viva após quase 40 anos.