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Carne bovina deve ficar mais cara com queda global nos rebanhos, diz Minerva

A redução dos rebanhos de gado nos principais mercados globais deve continuar a pressionar os preços da carne bovina. Enquanto isso, a Minerva se beneficia de uma demanda resiliente e aumenta suas vendas, especialmente para os EUA.

Rebanho de gado em queda nos EUA, Europa e China pode elevar os preços da carne bovina, segundo a Minerva.

Os EUA registram o menor rebanho em mais de sete décadas. China e Europa também observam diminuições na oferta de gado, conforme afirmou Fernando Galletti de Queiroz, CEO da Minerva, em teleconferência.

As ações da Minerva subiram até 12% em São Paulo, a maior alta desde dezembro de 2021, após a empresa reportar forte receita no quarto trimestre, apesar do aumento nos custos do gado.

A oferta de gado para abate no Brasil deve diminuir em 2024, embora a maior fertilidade e peso do gado possam aumentar o fornecimento de carne bovina. A Minerva também integrou 13 frigoríficos da Marfrig, o que ajudará a expandir a oferta.

Nos EUA, os contratos futuros de gado atingiram recordes em janeiro e os preços da carne bovina no atacado dispararam. O preço médio de importação da carne bovina brasileira subiu 8,9% em fevereiro em relação ao ano anterior. Apesar disso, há resiliência na demanda.

A demanda crescente beneficia frigoríficos sul-americanos, como a Minerva e a JBS, com aumento nas vendas para os EUA, que se tornaram o principal cliente, representando 23% das exportações da empresa.

Oportunidade com tarifas dos EUA: A Minerva visa aumentar suas exportações para os EUA, especialmente se tarifas forem impostas à Austrália.

Além disso, o Brasil está em negociações para abrir o mercado japonês para sua carne bovina, com a visita do presidente Lula ao Japão prevista para este mês.

No quarto trimestre, a Minerva reportou um aumento de 74% na receita em relação ao ano anterior, com 58% da receita provininda das exportações.

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