Carta da ONU faz 80 anos sob acusações de descumprimento
O 80º aniversário da Carta da ONU revela a crescente pressão sobre a organização, que enfrenta críticas por sua eficácia e relevância em meio a conflitos globais. A celebração é marcada por desafios estruturais e financeiros, apontando a necessidade urgente de reforma e adaptação às novas dinâmicas internacionais.
80 anos da Carta da ONU serão lembrados em meio a tensões políticas, conflitos armados, crises climáticas, e desigualdade social. A Carta, que estabelece os pilares da Organização das Nações Unidas, foi assinada em 24 de outubro de 1945.
Após o bombardeio dos EUA a instalações no Irã, líderes de China, Coreia do Norte, Cuba e Irã, além do Brics, criticaram o ataque por violar a Carta da ONU. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a redução das tensões, enquanto Irã e Israel concordaram em interromper hostilidades.
A Carta, resultado da 2ª Guerra Mundial, é vista como um marco do direito internacional. Entretanto, sua eficácia é questionada diante de novos conflitos e críticas, até de aliados históricos como os EUA, focando na estrutura do Conselho de Segurança, que não mudou desde sua criação.
Apesar das limitações, a Carta ainda serve como referência para princípios como soberania dos Estados e direitos humanos. Especialistas afirmam que a ONU enfrenta sérios desafios, sendo a atuação em conflitos frequentemente considerada simbólica e limitada.
As críticas à ONU se intensificam, com a necessidade de reforma do Conselho de Segurança e ajustes na capacidade de ação da organização. O orçamento da ONU enfrenta cortes, afetando programas de ajuda humanitária, enquanto a iniciativa UN80 visa aumentar a eficiência administrativa.
Em suma, o aniversário da Carta da ONU revela um organismo dividido entre seu papel histórico e as realidades modernas, onde interesses nacionais frequentemente prevalecem sobre a cooperação multilateral.