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Cartão de desconto deve ficar fora do alcance da ANS, diz gigante do setor

Vice-presidente do Cartão de Todos defende que regulamentação da ANS não deve abranger cartões de desconto. Ele argumenta que a atuação da agência é restrita ao setor de saúde suplementar e que intervenções podem aumentar custos e dificultar o acesso à saúde.

Empresas de cartões de desconto devem ficar fora das discussões da Agência Nacional de Saúde (ANS), segundo Aquiles Vilar, vice-presidente do Cartão de Todos.

Essa exclusão se deve ao fato de que cartões de desconto não estão no âmbito de atuação da ANS, que regula apenas planos de saúde.

A ANS encerra, em 4 de abril, uma consulta pública sobre a possibilidade de planos de saúde oferecerem planos ambulatoriais, que seriam mais baratos, sem direito a internações.

Essa proposta visa aliviar o Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecer novas oportunidades para os planos, que enfrentam dificuldades.

A consulta pública foi criticada por entidades de defesa do consumidor, como a Assetans, que teme que as operadoras migrem para o novo modelo, prejudicando os planos tradicionais.

Vilar defende que, para atuar no mercado de cartões de desconto, os planos de saúde precisariam abrir empresas separadas, focando apenas em descontos.

Ele destaca que os cartões de desconto oferecem uma ampla gama de serviços, incluindo educação e medicamentos, e que a liberdade econômica permite sua existência atualmente.

Vilar também afirma que uma regulação excessiva pode aumentar os preços e dificultar o acesso à saúde, apontando que cerca de 18 milhões de usuários utilizam atualmente o Cartão de Todos.

O grupo fatura R$ 5 bilhões anualmente, com uma média de 1,5 milhão de consultas mensais.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ em 27/03/2025, às 16:26.

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