Casa Branca ataca Amazon por ideia de expor custo das tarifas
Casa Branca acusa a Amazon de hostilidade política em meio a aumentos de tarifas. A varejista responde que a proposta de mostrar taxas de importação nunca foi aprovada para seu site principal.
Nova tensão entre Casa Branca e Amazon surge após declarações da secretária de imprensa, Karoline Leavitt, que acusou a gigante do varejo de ser “hostil e político”.
A acusação foi feita em resposta a uma reportagem contestada pela Amazon do Punchbowl News, que afirmava que a empresa começaria a exibir as tarifas nos preços de seus produtos. Isso evidenciaria que consumidores americanos arcariam com os custos das políticas tarifárias do presidente Donald Trump, e não a China.
A Amazon considerou exibir essas taxas em uma parte de seu site, o Amazon Haul, que compete com a Temu, mas um porta-voz afirmou que a ideia nunca foi aprovada para o site principal.
Durante coletiva na Casa Branca, Leavitt questionou por que a Amazon não fez o mesmo com os aumentos de preços sob o governo Biden devido à inflação, e criticou a empresa por uma matéria anterior que ligava a Amazon a uma propagando da China.
As ações da Amazon caíram até 2,1% após os comentários, apesar de modo geral reduzirem perdas. A empresa deve divulgar resultados financeiros na quinta-feira, enfrentando uma queda de mais de 20% desde fevereiro.
O ataque de Leavitt é notável, pois Jeff Bezos, fundador da Amazon, tem tentado melhorar relações com a Casa Branca, mostrando apoio a Trump.
Os preços agressivos de Trump sobre produtos chineses geraram uma guerra comercial. Com a isenção de 'minimis' encerrada, as tarifas sobre empresas como a Temu e a Shein podem chegar a 120%.
A Amazon lançou o Haul em resposta ao crescimento da Temu, que oferece compras baratas. A possível exibição das taxas de importação pela Amazon estaria relacionada ao término da isenção de minimis, não a políticas tarifárias da Casa Branca.