Casa Branca considera limitar compartilhamento de informações sigilosas sobre o Irã com o Senado

A administração da Casa Branca está considerando limitar o compartilhamento de informações sensíveis com o Congresso devido a vazamentos que afetaram a narrativa do presidente Donald Trump sobre os bombardeios no Irã.

Essa decisão pode aumentar as tensões na reunião agendada com senadores para esta quinta-feira (26). Os secretários de Defesa e de Estado, Pete Hegseth e Marco Rubio, participarão do encontro.

Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional, não participará e já afirmou que as agências de inteligência concluíram que o Irã não está desenvolvendo armas nucleares.

O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, expressou preocupação e pediu à Casa Branca que reverta a decisão de restringir informações, defendendo o direito do Congresso de ser informado sobre questões de segurança nacional.

Uma análise da inteligência americana, divulgada pela CNN, indica que os bombardeios atrasaram o programa nuclear iraniano, mas não o eliminaram. A administração Trump, entretanto, contesta essa avaliação, alegando eficácia nos ataques.

Embora oficiais militares reconheçam danos consideráveis, não confirmaram a destruição total das instalações nucleares. Parlamentares democratas criticaram a falta de comunicação do governo, citando a Resolução dos Poderes de Guerra, que exige notificação em até 48 horas após ações militares.

No memorando enviado ao Congresso, Trump justificou os ataques como proteção a cidadãos americanos e segurança nacional. As reuniões com membros do Senado e da Câmara foram adiadas por conta de negociações para um cessar-fogo e ajustes nas agendas dos parlamentares.