Casa Branca critica Powell sobre finanças do Fed e custos excedentes de projeto
Governo Trump critica Jerome Powell por gestão fiscal do Federal Reserve. Novo ataque foca em reformas ultracustosas da sede do banco central em meio a um déficit histórico.
A Casa Branca criticou o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em um ataque liderado por Russel Vought, diretor do Escritório de Gestão e Orçamento.
Vought afirmou que Powell "administrou muito mal" o banco central e mencionou déficit e custos excessivos nas reformas da sede em Washington.
A carta de Vought, publicada na plataforma X, aponta que, em vez de corrigir a situação fiscal do Fed, Powell investiu em reformas que custaram US$2,5 bilhões, cerca de US$700 milhões acima do valor original.
As reformas incluem terraços com jardins, fontes de água e mármore de alta qualidade, a um custo de US$1.923 por metro quadrado.
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, defendeu o projeto, dizendo que era uma reabilitação necessária para um prédio antigo.
Atualmente, o Fed enfrenta um dívida operacional de mais de US$235 bilhões devido a altos juros e despesas com reservas bancárias.
Powell foi interrogado por parlamentares sobre os custos em seu último depoimento e admitiu que houve excedente orçamentário.
Vought questionou a conformidade do projeto com a Lei de Planejamento de Capital Nacional, exigindo respostas em sete dias úteis.
A Lei do Federal Reserve confere grande autonomia ao Fed, complicando a intervenção da Casa Branca.
No cenário atual, o Fed manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, enquanto Trump criticou a taxa e considerou demitir Powell.
O mandato de Powell vai até 15 de maio de 2026, e a lei permite destituições apenas por justa causa.
A carta levanta a dúvida sobre uma possível tentativa de retirar Powell do cargo por má administração fiscal.