Casamentos homoafetivos batem recorde no Brasil, diz IBGE
Em 2023, o Brasil alcançou o recorde de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, mesmo com a queda geral no número de uniões. A maioria das relacões homoafetivas foi formalizada entre mulheres, com destaque para o crescimento nas Regiões Nordeste, Sul e Sudeste.
Brasil registra recorde de casamentos homoafetivos em 2023
O Brasil alcançou 11.198 casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo em 2023, o maior número desde 2013, conforme o IBGE.
Esse crescimento ocorreu apesar da queda de 3% no total de casamentos no país, que foram 940,8 mil uniões oficiais.
A tendência de redução nas formalizações de casamento já se observa desde 2016, agravada pela pandemia de covid-19.
A maioria dos casamentos homoafetivos foi entre mulheres, representando 62,7% das uniões. A união feminina cresceu 5,9%, enquanto a masculina recuou 4,9%.
O aumento foi impulsionado pelas Regiões:
- Nordeste: 5,6%
- Sul: 5,3%
- Sudeste: 3,9%
Regiões como o Norte (-1,7%) e o Centro-Oeste (-21,4%) apresentaram quedas.
Desde a Resolução nº 175 do CNJ, em 2013, cartórios são obrigados a celebrar casamentos homoafetivos, resultando em um crescimento quase contínuo.
A idade média para casamento é de 34,7 anos para homens e 32,7 anos para mulheres, superior à média heterossexual.
Além disso, o número de divórcios aumentou 4,9% em 2023, totalizando 440,8 mil dissoluções. Isso corresponde a cerca de 47 divórcios para cada 100 casamentos heterossexuais.
A Região Centro-Oeste possui a maior taxa de divórcios, seguida pelo Sudeste, enquanto Norte e Nordeste apresentam as menores taxas.
A média de tempo entre casamento e divórcio caiu de 16 anos (em 2010) para 13,8 anos em 2023.