Casas Bahia (BHIA3) antecipa plano de conversão de R$ 1,5 bi em debêntures para ações
Casas Bahia busca reduzir sua alavancagem financeira com a antecipação da conversão de debêntures em ações. A reestruturação pretende melhorar sua estrutura de capital e diminuir significativamente a dívida da companhia.
Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou um plano complementar para otimizar sua estrutura de capital e reestruturar parte significativa de suas dívidas financeiras.
A companhia e os detentores de 99,99% das debêntures da 2ª série, totalizando R$ 1,566 bilhão, planejam antecipar a conversão desses títulos em ações ordinárias. O objetivo é reduzir pela metade a alavancagem financeira.
A conversão poderá ocorrer a partir deste mês. Além disso, haverá o reperfilamento das debêntures da 1ª série (R$ 1,67 bilhão), com o adiamento do primeiro pagamento de juros de novembro de 2026 para novembro de 2027.
As novas condições de amortização incluem:
- Suspensão da primeira parcela, que era de 10% do saldo;
- Aumento da segunda parcela para 20% (novembro de 2027);
- Manutenção da terceira em 25% (novembro de 2028);
- Última em novembro de 2029 com pagamento integral.
No caso de conversão integral das debêntures da 2ª série, seriam emitidas 328.952.885 novas ações, representando 77,58% do capital social.
A conversão impactará positivamente a estrutura de capital. A dívida bruta cairia de R$ 5,84 bilhões para R$ 4,27 bilhões. A dívida líquida recuaria de R$ 3,37 bilhões para R$ 1,81 bilhão, e o patrimônio líquido aumentaria de R$ 2,09 bilhões para R$ 3,66 bilhões.
O índice de alavancagem cairia de 61,8% para 33,1%. A relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado recuaria de 1,6x para 0,8x.
Quanto à venda das novas ações, um cronograma de lock-up será estabelecido:
- 10% na primeira etapa;
- 15% no primeiro trimestre após a conversão;
- 15% no segundo trimestre;
- 20% no terceiro trimestre;
- 30% no quarto trimestre;
- 10% restantes no 16º mês.