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Casas Bahia tem prejuízo no 2º trimestre e vê oportunidade com tarifas dos EUA

Casas Bahia registra prejuízo de R$ 555 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro do ano passado. Apesar do resultado negativo, a empresa vê oportunidades de crescimento e redução de dívida devido a mudanças no controle acionário.

Casas Bahia anunciou nesta quarta-feira (13) um prejuízo líquido de R$ 555 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 37 milhões do mesmo período do ano passado. A empresa atribui a performance ao incremento da taxa de juros e a uma base de comparação "ruim".

O Ebitda ajustado cresceu 26,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 572 milhões, não refletindo na lucratividade.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 1,15 bilhão, um aumento alarmante do resultado negativo de R$ 42 milhões registrado em 2024. O diretor financeiro, Elcio Ito, destacou o aumento do CDI médio de 10,5% para 14,5% e a base de comparação impactada por um ganho contábil não recorrente de R$ 637 milhões no ano passado.

Apesar do cenário difícil, Ito vê oportunidades no varejo, especialmente devido às tarifas de 50% dos EUA aos produtos brasileiros, que favorecem a competitividade.

No segundo trimestre, a receita líquida cresceu 6%, atingindo R$ 6,87 bilhões, com uma redução de 2,9% nas despesas, que totalizaram R$ 1,57 bilhão. O volume bruto de mercadorias (GMV) aumentou 7,6%.

Mesmo com o fechamento de 30 lojas, o GMV bruto em lojas físicas foi de R$ 6,3 bilhões, um crescimento de 5,8% em relação ao ano anterior. A mesma loja apresentou crescimento de 6,7%.

A conversão de dívida deu à gestora Mapa Capital controle de 85,5% do capital social da empresa, mas o CFO afirma que não haverá mudanças na estratégia da companhia.

A Casas Bahia também alongou uma dívida para 2027, prevendo um alívio financeiro de R$ 400 milhões nos próximos dois anos, diminuindo a relação dívida líquida/Ebitda de 1,8 vez para 1,1 vez.

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