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Caso de Mahmoud Khalil pode definir futuro de deportações nos EUA

Mahmoud Khalil enfrenta batalha legal crucial para manter seu caso em Nova York, em meio a alegações de apoio ao Hamas. Sua prisão e transferência para a Louisiana complicam a defesa e podem afetar outros imigrantes nos EUA.

Mahmoud Khalil, recém-formado pela Universidade Columbia, enfrenta sua primeira batalha jurídica após ser preso e transferido para a Louisiana. A luta inicial é para manter seu caso em Nova York.

A prisão de Khalil, uma figura proeminente em manifestações pró-Palestina, levanta questões sobre a Primeira Emenda dos EUA e liberdade de expressão. O governo de Donald Trump tenta deportá-lo, alegando que ele apoia o Hamas e promove antissemitismo, acusações que seus advogados negam.

O secretário de Estado, Marco Rubio, justificou a detenção com uma lei pouco utilizada, permitindo deportação com base na ameaça à política externa dos EUA. Essa lei não foi analisada judicialmente, e caso o processo siga na Louisiana, ele irá para o 5º Tribunal de Apelações, conhecido por sua postura conservadora.

Se decidir contra Khalil, ele poderá recorrer à Suprema Corte, mas não há garantias. Se o caso fosse em Nova York, o recurso seria ao 2º Tribunal de Apelações, considerado menos partidário. A esposa de Khalil, Noor Abdalla, grávida, aguarda seu retorno.

Os advogados de Khalil tentam sua libertação desde sua prisão em 8 de março. A ACLU divulgou um vídeo da detenção, evidenciando o tratamento considerado impróprio pelo governo. O juiz de Nova York, Jesse Furman, ordenou que Khalil não fosse retirado do país, mas o governo argumenta que ele deveria ser julgado na Louisiana.

A primeira audiência de Khalil no tribunal de imigração será em 27 de março. Se Furman decidir que o caso não é em Nova York, seus advogados tentarão transferi-lo para Nova Jersey, onde ficaria mais próximo da família.

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