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Caso IOF: Centrão pressiona Lula por cargos e emendas enquanto Congresso já mira 2026

Lula vê derrubada do IOF como manobra da centro-direita para desestabilizar seu governo. Divergências internas sobre como reagir podem complicar ainda mais a relação entre o Planalto e o Congresso.

Presidente Lula afirma que a derrocada do projeto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso, na noite de quarta-feira, 25, sinaliza um esforço da centro-direita para enfraquecer seu governo visando as eleições de 2026.

divergências no governo sobre a reação ao ocorrido. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, propõem que a Advocacia-Geral da União (AGU) faça uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando inconstitucionalidade. Entretanto, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, se opõe, temendo que isso seja visto como uma declaração de guerra ao Congresso.

A decisão de levar o projeto ao plenário foi tomada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que se reuniu diretamente com o presidente da Câmara, Hugo Motta. O foco da tensão é a disputa entre Alcolumbre e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com Alcolumbre pressionando pela demissão de Silveira.

A inclusão de “jabutis” no projeto sobre energia elétrica pode resultar em um custo de R$ 197 bilhões até 2050, aumentando em 3,5% a conta de luz. Apesar do veto inicial de Lula aos “jabutis”, o Congresso reinseriu as cláusulas, levando o governo a planejar uma Medida Provisória para compensações.

Outros fatores de insatisfação incluem o atraso no pagamento das emendas parlamentares. Gleisi Hoffmann nega ações deliberadas do Planalto para adiar os pagamentos. O ministro do STF, Flávio Dino, está à frente de uma audiência pública sobre emendas impositivas.

A falta de liberação de recursos tem gerado ressentimentos, com deputados acusando o governo de reações atrasadas. A mobilização política para as eleições de 2026 já começou, com partidos como o PP, Republicanos e União Brasil buscando construir uma candidatura de oposição. O aumento do número de deputados no Congresso, de 513 para 531, também gera descontentamento.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães, critica a votação que barrou o aumento do IOF, alertando que resultará em cortes de gastos. O cenário atual é tenso, com a percepção de que alianças e acordos foram rompidos.

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