Caso Master é responsabilidade exclusiva do BC, diz CEO do Itaú
Milton Maluhy defende que a questão do Banco Master deve ser resolvida exclusivamente pelo Banco Central e não envolve o Itaú Unibanco. O executivo reafirma a resistência do banco ao uso de recursos do FGC para a operação de recuperação financeira do banco em dificuldades.
Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco, afirmou que a situação do Banco Master é uma responsabilidade do Banco Central, não dos bancos.
O Itaú é o mais resistente entre os grandes bancos privados em usar recursos do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para lidar com o "bad bank" do Master, partindo da análise de ativos de menor qualidade na aquisição pelo BRB (Banco de Brasília).
O FGC protege depósitos até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e é sustentado pelos grandes bancos.
As negociações com o FGC visam conceder uma linha de assistência de liquidez ao Banco Master, considerada uma fase inicial antes da análise do BC sobre a compra pelo BRB.
Maluhy declarou: "Não comentamos especulações de mercado" e destacou que o FGC tem governança própria e um conselho independente.
A linha de assistência será emergencial para cobrir os CDBs do Master, que totalizam cerca de R$ 53 bilhões.
Além disso, Daniel Vorcaro negocia com a J&F, dos irmãos Batista, para vender ativos pessoais e ajudar a suportar parte do passivo do banco ruim. Essa possibilidade foi discutida em reunião com o presidente do BC, Gabriel Galípolo.