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Caso Ultrafarma: fiscal da propina de R$ 1 bilhão alega depressão e pede exoneração e liberdade

Auditor fiscal preso por propinas pede exoneração de cargo na Secretaria da Fazenda. Defesa argumenta que sua soltura não representaria risco à investigação, apresentando laudo médico que relata risco de suicídio na prisão.

Auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, suspeito de receber mais de R$ 1 bilhão em propinas, pediu exoneração da Secretaria da Fazenda de São Paulo.

Ele está preso desde a semana passada e afastado por ordem judicial, além de ser alvo de um processo disciplinar.

O pedido foi feito em 18 de setembro e será analisado pelo Departamento de Recursos Humanos.

A defesa, liderada pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, usou o pedido de exoneração para requisitar a revogação da prisão, alegando que Artur não oferece risco sem seu cargo.

Um laudo médico, indicando diagnóstico de depressão e risco de suicídio, foi anexado ao processo. Os sintomas incluem choro compulsivo, agitação mental e dificuldade em organizar os pensamentos.

O Ministério Público de São Paulo pede a conversão da prisão temporária em preventiva, citando risco de Artur tentar ocultar provas se libertado.

Uma carta manuscrita, apreendida na Operação Ícaro, foi usada como evidência. Nela, Artur expressa temor de assinar novas liberações de imposto.

A defesa argumenta que medidas cautelares alternativas poderiam ser aplicadas, como foi feito com outros investigados.

A decisão sobre a prisão cabe ao juiz Paulo Fernando Deroma de Mello, da 1.ª Vara de Crimes Tributários de São Paulo.

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