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Celso Amorim diz que canais com EUA seguem abertos, mas critica ataques ao Judiciário

Celso Amorim destaca a importância do diálogo com os EUA, mas critica ataques ao Judiciário brasileiro. Ministro Fernando Haddad relata cancelamento de reunião com o secretário do Tesouro devido a sanções articuladas por Eduardo Bolsonaro.

Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, afirmou que o governo brasileiro mantém diálogo com os Estados Unidos sobre o tarifaço, mas não aceita ataques ao Judiciário.

Ele destacou uma estratégia internacional para fortalecer a extrema-direita, refletindo em medidas recém-adotadas por Washington.

Em entrevista ao programa Roda Viva, Amorim disse: “Os canais não estão fechados, mas parece haver dificuldade em contatar quem decide nos EUA.”

No mesmo dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA foi desmarcada devido à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro.

Amorim ressaltou que é necessário que ambas as partes queiram negociar: “Mas é preciso que os dois queiram negociar.”

Ele considera o cenário internacional atual o mais complexo que já vivenciou, com tensões comerciais e guerras pelo mundo.

Trump, ao anunciar o tarifaço em 9 de julho, citou decisões do STF como justificativas. O pacote inclui a suspensão de vistos de ministros da Corte e sanções contra Alexandre de Moraes.

Amorim aponta uma relação entre as sanções e o ex-presidente, mas acredita que o desejo da extrema-direita nos EUA é mais abrangente. “Temos que estar cientes disso”, afirmou.

Ele classificou como inaceitáveis as ameaças do governo dos EUA a autoridades brasileiras, questionando se são feitas intencionalmente para provocar reações mais radicais.

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