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Celso Amorim diz temer que conflito se transforme em guerra mundial

Diplomata brasileiro alerta para a possibilidade de um conflito global devido às tensões no Oriente Médio. Amorim destaca a gravidade da situação atual e crítica as ações militares dos EUA contra o Irã.

Celso Amorim, assessor-chefe da Presidência da República, expressou temor sobre a possibilidade de um conflito mundial a partir dos ataques dos EUA a instalações nucleares no Irã.

Em entrevista ao UOL, ele descreveu o momento atual como “tenso” e de “grande perigo”.

Amorim destacou que o risco não é necessariamente de uma guerra com armas nucleares entre potências, mas pode evoluir para um conflito de grandes proporções.

Ele identificou dois conflitos graves: um na Eurásia e outro no Oriente Médio. A interconexão desses conflitos poderia levar a uma guerra quase global.

O assessor comparou a situação atual com a invasão do Iraque em 2003, observando que, diferentemente daquela época, os EUA não consultaram o Conselho de Segurança da ONU antes de agir contra o Irã.

Amorim afirmou que a complexidade atual é maior, envolvendo múltiplos atores como iranianos e israelenses, o que dificulta o controle da situação.

Os ataques foram ordenados pelo presidente Donald Trump, justificados como medidas preventivas, o que preocupa Amorim. Ele acredita que essa abordagem ameaça a região, a credibilidade da ONU, e o Tratado de Não Proliferação de armas nucleares.

Ao final, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou os ataques, classificando-os como uma violação da soberania do Irã e do direito internacional.

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