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Cenário com mundo fragmentado sob Trump atrasa transição energética, diz CEO da Shell

Shell revela novos cenários energéticos que consideram a política global e o impacto da inteligência artificial. Estudo busca contribuir para o debate da COP30, destacando o potencial do Brasil na transição energética.

Shell divulga estudo anual sobre cenários energéticos nesta segunda-feira (25). O CEO da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, destaca a inclusão de um novo cenário, que avalia os impactos da inteligência artificial na demanda energética.

Um dos cenários, chamado Arquipélagos, retrata um mundo nacionalista e com pouca colaboração global em políticas de transição energética. Isso reflete a política tarifária do governo Donald Trump.

A Shell também introduziu outros cenários: Horizontes, que prevê emissões líquidas zero até 2050, e Surge, que aborda o aumento da demanda energética impulsionada pela digitalização.

No Brasil, a Shell está planejando um recorte específico nos cenários, contribuindo para o debate na COP30. O estudo indica que o Brasil está na frente em relação a outras economias em transição energética, devido à sua matriz energética limpa e potencial em energias renováveis.

Embora a demanda por óleo e gás continue, a empresa decidiu frear projetos de energia solar no Brasil, devido à saturação do mercado. A Shell mantém sua estratégia concentrada na Bacia de Santos para exploração e produção.

Licenciamento ambiental no Brasil é monitorado de perto pela empresa, que valoriza um processo robusto sem comprometer questões ambientais. A Shell também não participou do leilão na Foz do Amazonas, optando por se concentrar na Bacia de Santos.

O impacto da política tarifária dos EUA sobre as operações da Shell no Brasil é avaliado como pouco material, com a maioria do petróleo brasileiro sendo exportada para a Ásia.

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