Centralização decisória de Trump reforça cenário pessimista global
A administração Trump enfrenta crescente tensão institucional e uma centralização do poder que pode afetar a política econômica e o papel dos EUA no cenário internacional. As próximas eleições de meio de mandato serão cruciais para determinar a continuidade de sua agenda ambiciosa.
Recentes mudanças no governo Trump nos EUA refletem uma ambição de alterar o status quo em diversos âmbitos, da política econômica à ordem internacional.
As tarifas comerciais são apenas uma parte visível desse processo, que inclui:
- Revisão do status de universidades americanas
- Direitos de profissionais de imprensa e advocacia
- Ameaças territoriais a outros países
A volatilidade econômica se intensifica, afetando o posicionamento dos agentes econômicos e elevando o risco político associado ao legado de Trump. O caráter centralizador da administração é a principal lição dos primeiros meses, colocando em risco a institucionalidade e a autonomia do Banco Central americano.
Trump se mostra mais personalista e ambicioso, buscando alterar o papel dos EUA no mundo e rompendo com garantias de direitos civis. A centralização pode impactar a transição do Federal Reserve (Fed) em 2026, especialmente após críticas a Jerome Powell. A próxima escolha para o Fed deve alinhar-se com a visão hegemônica do governo.
As decisões econômicas de Trump se baseiam na percepção de injustiça da ordem internacional, culminando na rivalidade com a China. Seu lema, "Make America Great Again", visa deixar um legado que reconfigura a liderança americana.
Negociações entre os EUA e outras economias podem ganhar um viés geopolítico, potencialmente formando uma nova bipolaridade. Experiências internacionais indicam que presidentes centralizadores costumam questionar freios e contrapesos em seus segundos mandatos.
As eleições de meio de mandato serão cruciais para determinar a duração da agenda de Trump. Se os republicanos mantiverem a maioria, sua agenda poderá ser completamente implementada.