Centro-Oeste ganha, mas SP e MG podem perder bilhões com guerra comercial, diz estudo
Guerra comercial entre EUA e China afeta desigualmente regiões do Brasil, com impacto negativo significativo na indústria. Enquanto Centro-Oeste e Rio Grande do Sul se beneficiam com a alta da soja, estados como São Paulo e Minas Gerais enfrentam perdas bilionárias.
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China pode agravar os desequilíbrios econômicos regionais no Brasil, segundo estudo do Nemea-Cedeplar, da UFMG.
Os principais pontos do estudo incluem:
- Benefícios para o Centro-Oeste e Rio Grande do Sul: Valorização da soja e aumento de 28,1% nas exportações de sementes oleaginosas.
- Perdas para São Paulo e Minas Gerais: São Paulo pode ter retração de R$ 4 bilhões no PIB e Minas Gerais, R$ 1,16 bilhão.
- Queda na produção industrial: Uma redução de US$ 8,9 bilhões na produção e US$ 6,4 bilhões nas exportações devido a sobretaxas.
O PIB brasileiro pode ter um ganho marginal de 0,01%, mas com impactos negativos nos setores de transportes, metais ferrosos, carnes e laticínios.
A Amcham Brasil relatou que a corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos atingiu US$ 20 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com um saldo deficitário de US$ 654 milhões.
No contexto global, houve a previsão de uma queda de 0,25% no PIB mundial e um recuo de 2,38% no comércio internacional, somando cerca de US$ 500 bilhões. A queda no PIB dos EUA está estimada em 0,7%, e na China, 0,6%.
Em resumo, o Brasil pode apresentar um crescimento marginal impulsionado por exportações agrícolas, mas enfrenta um cenário setorial negativo.