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CEO do Bradesco vê hipótese de Copom não elevar mais juros após alta de IOF: ‘é como se fosse 0,20 a 0,50 ponto de Selic’

Marcelo Noronha avalia que a elevação do IOF no crédito pode impactar a Selic, e sugere ajustes para evitar assimetrias fiscais no mercado financeiro. Ele destaca a importância de um equilíbrio nas contas públicas e aponta riscos de uma economia menos acelerada.

O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, comentou sobre a recente alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito para empresas. Segundo ele, isso pode afetar a curva de juros e equivaler a um aumento de 0,20 a 0,50 pontos percentuais na Selic, atualmente em 14,75% ao ano.

Noronha afirmou que a política contracionista se alinhará com as novas medidas, observando que isso poderá levar a uma retração econômica. Ele destacou a importância do trabalho de política fiscal para futuras quedas nas taxas de juros.

As previsões do banco indicam um crescimento do PIB entre 1,9% e 2%, e Noronha expressou esperança em um horizonte econômico mais positivo, dependendo das decisões do Copom e da inflação.

Noronha escreveu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fazendo sugestões sobre a tributação do IOF. Ele se opôs à cobrança do imposto sobre remessas ao exterior, que foi descartada pelo governo.

Ele também criticou a assimetria de impostos entre produtos financeiros, sugerindo que a tributação do IOF sobre crédito a empresas deveria ser equilibrada com a de títulos de dívida no mercado. Noronha destacou que é essencial nivelar a cobrança entre diferentes instrumentos financeiros.

Ele negou ter sugerido aumentar o IOF em outros produtos, mas defendeu a correção das assimetrias para aumentar a competitividade. Noronha finalizou mencionando a recepção positiva do bloqueio de R$ 31 bilhões, que superou as expectativas do mercado.

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