CEO do Itaú sinaliza dividendo adicional e reforça tendência de ser ‘relógio suíço’
Itaú Unibanco apresenta lucro líquido de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre e sinaliza pagamento de dividendo adicional em 2026. O CEO destaca a consistência dos resultados e a eficiência operacional como pilares da estratégia do banco.
Itaú Unibanco (ITUB4) se consolidou como um “relógio suíço” do setor bancário brasileiro, conforme declarações do CEO Milton Maluhy Filho sobre os resultados do segundo trimestre de 2025.
O banco registrou um lucro líquido de R$ 11,5 bilhões e indicou a possibilidade de um novo dividendo adicional no início de 2026, devido à sua situação confortável de capital.
Maluhy destacou a consistência e transparência dos resultados como essenciais, afirmando que a previsibilidade ajuda o Itaú a manter sua posição no mercado. Em fevereiro, a instituição já havia aprovado o pagamento de R$ 12,229 bilhões em remuneração adicional aos acionistas.
A rentabilidade sobre patrimônio líquido (ROE) superou 23%, e a receita de serviços mostrou desempenho diversificado, com destaque positivo para fundos geridos pela Itaúsa Asset Management.
No entanto, o banco de investimento enfrentou desafios, especialmente no mercado de capitais, com operações limitadas e uma base comparativa difícil em relação ao ano anterior.
A gestão de despesas foi destacada, com a instituição investindo em tecnologia e modernização, resultando em um índice de eficiência no melhor patamar semestral da história.
O Itaú apresentou uma geração robusta de capital, com um buffer de 12% para dividendos, visando a distribuição consistente a acionistas.
O segmento de seguros e previdência teve crescimento positivo, enquanto o crédito consignado passa por uma transição estrutural devido a regulamentações governamentais.
A qualidade da carteira de crédito permanece elevada, e o CEO reafirmou a estratégia conservadora do banco. A eficiência operacional continuará prioritária, com fechamento de agências e foco em experiência do cliente.
Por fim, Maluhy informou que a perspectiva do mercado de capitais permanece desafiadora, com expectativa de volume 20% a 30% menor que 2024.