Cervejas zero álcool movimentam indústria
Crescimento expressivo das cervejas sem álcool no Brasil reflete mudança no comportamento do consumidor por opções mais saudáveis. Indústria investe em inovação e ampliação de portfólio para atender demanda crescente por bebidas com menor teor alcoólico.
A indústria de bebidas está cada vez mais focada em opções saudáveis e com menor teor alcoólico, destacando as cervejas sem álcool como uma tendência crescente.
De acordo com a consultoria Euromonitor, a venda de cerveja zero no Brasil cresceu de 197,8 milhões de litros em 2020 para 649,9 milhões em 2023, um aumento de mais de 200%. A previsão é que esse número chegue a 1 bilhão de litros em 2025.
A Ambev relatou um crescimento de 20% no segmento de cervejas sem álcool em 2024, com marcas como Corona Cero e Budweiser Zero contribuindo. Já a AB Inbev viu um salto de 23% nas receitas de bebidas não alcoólicas, com a Corona Cero tendo um aumento de 125% na receita.
A Heineken também destacou o sucesso da Heineken 0.0, que cresceu 10% no volume, superando o crescimento da cerveja com álcool. O Brasil passou a ser o segundo maior mercado de cerveja zero, atrás apenas da Alemanha.
Especialistas apontam que o crescimento no setor é impulsionado por avanços tecnológicos na produção. No entanto, ainda há desafios como a distribuição limitada dos produtos.
Além das cervejas sem álcool, a tendência por bebidas com baixo teor alcoólico e opções como Ready To Drink (RTD) estão em ascensão, especialmente entre a Geração Z.
Pequenos players, como a Nib Bebidas, têm explorado essa demanda, oferecendo produtos inovadores, como bitters, que podem ser usados em drinques não alcoólicos.
Para concluir, a busca por opções mais saudáveis reflete uma mudança estrutural no comportamento do consumidor, tornando o segmento de cervejas sem álcool promissor para o futuro.