HOME FEEDBACK

Cessar-fogo entre Israel e Irã deve configurar pausa temporária nos combates, mas não paz duradoura

Cessar-fogo no conflito entre Irã, Israel e EUA pode marcar uma pausa nas hostilidades, mas não garante uma paz duradoura. A capacidade de reconstrução do Irã e a busca por apoio popular podem intensificar as tensões na região.

"A guerra de 12 dias" é o título atribuído ao recente conflito entre Irã, Israel e os Estados Unidos por Donald Trump. Com isso, Trump busca:

  • Traçar uma linha definitiva para os combates.
  • Sugerir uma reordenação no Oriente Médio, semelhante à Guerra dos Seis Dias de 1967.

Após o anúncio do cessar-fogo, Israel acusou o Irã de violá-lo, prometendo uma resposta. Trump fez críticas ao governo israelense pela violação, marcando uma ruptura nas relações entre Washington e Binyamin Netanyahu.

Embora o cessar-fogo seja frágil, pode indicar uma diminuição do conflito, embora possivelmente como uma pausa nas hostilidades. O Irã, apesar de abalado, permanece inabalável em sua visão de que Israel e os EUA são inimigos perigosos.

A liderança iraniana deve buscar formas de reconstruir sua força militar e legitimidade interna. O autor Vali Nasr argumenta que o regime não tem a mentalidade de recuar diante da ameaça de Israel.

Desafios do Irã:

  • Reconstruir seu programa nuclear e de mísseis.
  • Encontrar novas maneiras de revidar contra Israel.

A vulnerabilidade mais significativa do regime iraniano é a insatisfação da população. Sem uma mudança de regime ou de mentalidade, o aparente triunfo de Israel não é garantido. Israel demonstrou capacidades militares, mas depende dos EUA para resultados finais.

A busca pela paz foi ofuscada após o ataque do Hamas em outubro de 2023, com o governo Netanyahu focando na hegemonia regional. Normalizar relações com o Irã será uma tarefa muito mais difícil.

Trump deseja ser lembrado como um pacer e reiterou a ideia de receber o Prêmio Nobel da Paz. No entanto, a equipe diplomática atual carece da força de antigos negociadores como Henry Kissinger.

A referência à Guerra dos Seis Dias é ambígua e a história mostra que o conflito regional é duradouro, com Israel já enfrentando guerras com o Egito e a Síria posteriormente.

Leia mais em folha