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CGU não alertou ministros sobre fraudes no INSS, diz Rui Costa

Rui Costa reclama da falta de alerta da CGU sobre fraude no INSS e destaca a importância de ações preventivas. A Controladoria deve identificar falhas e evitar problemas, enquanto a Polícia Federal se encarrega da apuração de crimes.

Ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou a CGU (Controladoria Geral da União) por não ter alertado “a nível de ministro” sobre desconfianças de fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Em entrevista ao jornal O Globo, Costa destacou a diferença nos papéis da polícia e da controladoria: "A Controladoria tem o papel de evitar o problema."

A Polícia Federal deflagrou em abril a operação Sem Desconto, investigando um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, com um prejuízo estimado de R$ 6,5 bilhões de 2019 a 2024.

Segundo a PF, foram identificadas irregularidades nos descontos de mensalidades associativas aplicadas aos benefícios previdenciários.

A CGU iniciou apurações em 2023 sobre o aumento de entidades e valores descontados dos aposentados, auditando 29 organizações com ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS e entrevistando 1.300 aposentados.

Identificou-se que a maioria dos entrevistados não havia autorizado os descontos e 70% das entidades não entregaram documentação completa ao INSS.

Costa afirmou que a CGU não informou o ex-ministro Carlos Lupi sobre a dimensão dos desvios, resultando em perda de oportunidade de ação rápida do governo.

Ele destacou a gravidade da situação: "Deixamos passar 2 anos, período no qual mais pessoas foram lesadas."

Para Costa, o grosso das irregularidades ocorreu de 2020 para cá, sugerindo que, se tivessem atuado antes, o impacto teria sido menor.

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PF