Chairman da BP tem um plano de recuperação. Mas esbarra em US$ 26 bi em dívidas

BP anuncia revisão de portfólio e cortes de custos sob nova presidência

A BP informou que seu novo presidente, Albert Manifold, conduzirá uma revisão completa do portfólio da empresa. A companhia busca cortar custos além das metas atuais para reverter anos de desempenho insatisfatório.

A pressão aumenta com o investidor ativista Elliott Investment Management, que adquiriu participação na BP e exige mudanças radicais.

Na divulgação dos lucros do segundo trimestre, a BP reportou US$ 2,35 bilhões ajustados, superando as expectativas de US$ 1,76 bilhão. A dívida líquida caiu para US$ 26 bilhões, enquanto a empresa cortou US$ 900 milhões em custos estruturais.

As ações da BP subiram 1,5% com a notícia, já acumulando mais de 20% de alta desde abril. A empresa mantém recompras trimestrais de ações em US$ 750 milhões e aumentou os dividendos em 4%.

Manifold, ex-CEO da CRH Plc, começa oficialmente no cargo em 1º de setembro, sucedendo Helge Lund. A BP executou todos os desinvestimentos de US$ 3 bilhões programados até agora e busca arrecadar até US$ 4 bilhões este ano.

O CEO Murray Auchincloss comentou: “Estamos otimizando a eficiência de custos e temos mais a fazer.” Ele acrescentou que melhorias na alocação de capital são urgentes, conforme solicitado por Elliott.

A BP também anunciou uma descoberta significativa de petróleo e gás no Brasil, reforçando seu comprometimento com o crescimento no setor upstream, buscando demonstrar resultados positivos em meio à volatilidade do mercado.

Resumo:

• Nova revisão de custos pela BP visa reverter desempenho ruim.
• Pressão de investidores ativistas por cortes mais profundos.
• Lucro do segundo trimestre superou expectativas, solidificando confiança.
• Continuação dos desinvestimentos e foco em negócios principais.