Chance de BC voltar a aumentar Selic em julho é baixa, avalia BMG
Economista do banco BMG considera improvável um novo aumento da Selic em julho, ressaltando que mudanças drásticas no cenário econômico seriam necessárias. Ele acredita que o Copom manterá a taxa em 15% por um longo período antes de considerar cortes.
Copom e a Perspectiva da Selic: O Comitê de Política Monetária (Copom) pode voltar a subir a Selic se necessário, mas a probabilidade de aumento na próxima reunião, em julho, é baixa, conforme Flávio Serrano, economista-chefe do banco BMG.
Para Serrano, é improvável uma deterioração significativa do cenário macroeconômico que leve o Copom a alterar sua decisão de manter a Selic em 15% por um período “bastante prolongado”.
Ele argumenta que não haverá tempo suficiente para avaliar um novo aumento dos juros antes da próxima decisão do Copom. O foco é entender os efeitos do atual aperto monetário na economia.
A inclusão do termo “bastante prolongado” sugere que cortes na Selic quando ocorram, serão mais lentos. "O Copom quer desmistificar a ideia de cortes rápidos nos juros," afirma Serrano.
Ele prevê que a redução da Selic deve acontecer no primeiro trimestre de 2026, destacando a atuação da política monetária para desacelerar a economia.
Apesar da incerteza sobre a desaceleração, a alta de 0,25 ponto na Selic traz um “balanço melhor” em um cenário de expectativas de inflação acima da meta de 3%.
Quanto ao cenário internacional e riscos de inflação, Serrano concorda que existem altas incertezas e alerta sobre riscos geopolíticos mencionados pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. No entanto, as principais incertezas estão no cenário doméstico, que aponta uma desaceleração moderada da atividade econômica.