Chanceler de Lula conversa com representante comercial de Trump horas antes de anúncio de 'tarifaço'

Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, sobre aço e alumínio, que foram sobretaxados em 25% pelos EUA. A equipe se reunirá virtualmente na próxima semana para discutir as medidas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, planeja anunciar uma nova rodada de impostos de importação, intitulada “Dia da Libertação”, seguindo sua estratégia de tarifas recíprocas. Trump acredita que essa medida irá atrair investimento e empregos para os EUA.

A retórica de Trump provém da visão de que o país é tratado de forma injusta por parceiros comerciais. Ele propõe um protecionismo que afeta a economia mundial.

O Brasil é um dos países na mira dos EUA, com o etanol brasileiro sendo citado como exemplo de relação comercial injusta. As tarifas, que podem variar de 10% a 25%, impactariam diversos produtos brasileiros, como suco de laranja e aviões da Embraer.

As tarifas recíprocas visam igualar as taxas com as praticadas pelos parceiros comerciais. Isso inclui tarifas personalizadas e consideração de barreiras não tarifárias, que dificultam quantificação e negociação.

As tarifas podem ser aplicadas a produtos específicos ou a um setor inteiro. Trump sugere que algumas isenções poderão ser feitas, embora em menor número.

As tarifas recíprocas diferem do plano inicial de tarifas universais de Trump, adaptando-se às relações comerciais com cada país. Nações emergentes, como Índia e Argentina, podem ser as mais prejudicadas, devido à natureza das taxas.

Trump critica o déficit comercial dos EUA e busca justiça comercial, visando países com maiores superávits comerciais em relação aos EUA, como Brasil, China e União Europeia.