Chefe da Louis Vuitton critica postura da UE em negociação com os EUA sobre tarifas
Bernard Arnault critica postura da UE nas negociações com os EUA e pede um acordo mais eficiente. O CEO da LVMH destaca a importância do mercado norte-americano para a indústria de luxo europeia e alerta para o impacto negativo das tarifas.
Bernard Arnault, bilionário francês e CEO da LVMH, criticou as negociações da União Europeia (UE) com os Estados Unidos sobre tarifas impostas por Donald Trump, afirmando que começaram com o "pé esquerdo".
Arnault pediu uma postura mais construtiva da UE, citando o exemplo do Reino Unido, que firmou um acordo rapidamente com os EUA.
Em audiência no Parlamento francês em 21 de setembro, ele enfatizou a importância de um acordo, afirmando: "Até agora, as coisas me parecem ter começado relativamente mal." As conversas detalhadas da UE começaram apenas na semana passada, após um longo impasse.
Trump havia imposto uma tarifa "recíproca" de 20% sobre produtos europeus, que foi reduzida pela metade até 8 de julho para abrir espaço para negociações.
Arnault ressaltou a necessidade de concessões recíprocas e comparou a atuação da UE à do Reino Unido, que conseguiu garantir alívio nas tarifas.
A LVMH, que vê os EUA como seu maior mercado, enfrenta riscos devido às tarifas, especialmente com a desaceleração da demanda na China.
Arnault, que tem uma relação pessoal com Trump, também apontou que o setor de conhaque francês deve ser priorizado nas negociações, pois emprega cerca de 80 mil pessoas.
Ele alertou que um fechamento dos mercados chinês e norte-americano ao conhaque teria um impacto catastrófico na economia europeia.
Por fim, Arnault enfatizou a urgência das negociações, avisando que será tarde demais se as medidas não forem adotadas a tempo.