Chefe da Otan é recebido por Trump e mostra prudência sobre críticas
Mark Rutte busca reafirmar a importância da Otan enquanto Donald Trump pressiona por elevados gastos com defesa dos aliados. O diálogo gira em torno da segurança no Ártico e da influência crescente de Rússia e China na região.
Washington - Durante visita à Casa Branca, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, enfrentou críticas sobre gastos com defesa dos membros da aliança. O presidente Donald Trump pressiona para que os países aumentem seus gastos.
Trump iniciou a reunião elogiando Rutte por seu trabalho à frente da Otan. Contudo, rapidamente mudou o foco para o não cumprimento das metas de gastos, além de tocar na questão da Groenlândia, sugerindo sua anexação.
“Acho que vai acontecer”, afirmou Trump, mencionando a preocupação com o interesse crescente de China e Rússia no Ártico.
Rutte, mantendo a diplomacia, sorriu e evitou se aprofundar no assunto, mas apoiou a preocupação de Trump. “Os chineses utilizam estas rotas e os russos estão se rearmando”, disse.
Ele ressaltou a importância da colaboração dos países árticos sob liderança dos EUA para garantir a segurança na região.
Contudo, manter o compromisso de Trump com a Otan é desafiador, pois o presidente questiona a defesa de aliados que não aumentarem seus gastos. Trump exige um gasto de 5% do PIB, enquanto a meta atual é de 2%. Rutte apontou que países como Reino Unido e Alemanha estão se comprometendo a aumentar seus gastos.